sexta-feira, 25 de junho de 2010

Obra-prima?Eu?

Quando olhar pra si mesmo

E não vir nada mais

Do que um pássaro a esmo

Contra mil vendavais

Debatendo-se em penas

Tanta pena de si

Perguntando-se apenas:

- Por que foi que eu nasci?

Quando a própria certeza

Não passar de um talvez

Cada enzima, cada osso,

Só um fosso

De porquês...

E a mais pura beleza

For igual aos balões

Cada pelo, cada nervo

Um acervo

De ilusões

Saiba, nem um cabelo

Cairá se não for

Sob o vivo desvelo

De um Deus Criador

Seu mais lindo poema

Se reflete em você

- Filho, venha, não tema;

Eu Sou o seu porquê.

Por Wolodymir Boruszewisk


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